quarta-feira, 14 de outubro de 2015

#ohmynhami: O prazer da comida

Cozinhar ajuda a descomprimir. Pelo menos, ajuda-ME a descomprimir.

Há melhor que misturar ingredientes e fazer um bolo? Que temperar bifes? Que preparar uma massa e um molho delicioso? 

Há: Comer todos estes pratos. 

Basicamente, a vida é absolutamente deliciosa graças à comida. Fazê-la e comê-la. 




quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Viva os bons livros! Viva!

Adoro televisão, sou completamente viciada. Também adoro passar algum tempo no Facebook, a ‘coscuvilhar’ as fotografias dos outros. Mas o que gosto mesmo é de ler.

Quando era bebé, o meu pai lia-me um livrinho todas as noites. Para além de uma história (sempre com uma mnemónica), tínhamos que pegar no livro com os 365 contos e ler o do dia. Ainda hoje sei algumas das histórias de cor. E espero que o meu pai não se esqueça das musiquinhas todas para cantá-las aos netos.

‘Entrai, entrai, entrai por favor. O primeiro número é do… domadooooooooor’.

Quando comecei a ler sozinha mandavam-me para a cama às 21h30 (e mesmo assim era um sortuda, 
alguns amiguinhos às 20h30 já estavam de luz apagada).  

Depois de todos os beijos de despedida, a minha irmã Teresinha (com quem dividia o quarto) caía para o lado e eu metia-me debaixo dos lençóis, com uma lanterna, a ler revistas da Turma da Mónica (Maurício de Souza) e livros do Pedrito Coelho (Beatrix Potter). Se calhar foi por causa disso que comecei a usar óculos…

Depois evoluí para os Harry Potter (J.K.Rowlling). O que eu gostava de estar sentada numa poltrona enorme que tínhamos na sala, com uma tacinha de plástico com Chocapic e a pensar no quão maravilhosa deve ser uma cerveja de manteiga!

Ao mesmo tempo, ouvia nas aulas de Português – tive uma professora maravilhosa no 5º e 6º ano – As Crónicas de Nárnia (C.S.Lewis) e O Hobbit (Tolkien). Ficava ansiosa para que chegasse a sexta-feira só para ouvir mais um capítulo.

No meio disto tudo, o meu pai enchia-me de Astérix e Obélix, Calvin e Hobbes, Mafalda, Hagar, Spirou, Tintin, Lucky Luke, Black e Mortimer, Gaston, Luluzinha,… Todas as bandas desenhadas que possam imaginar.

Com a vinda da adolescência – pronto, a idade parva – comecei a ler coisas do género ‘Não suporto a minha mãe, o que devo fazer?’ ou ‘Gosto dele e não sei como lhe dizer’. Quando fazia anos recebia ‘carradas’ de livros destas colecções. Li dois e jurei para nunca mais. Foi nessa altura que apostei no Colégio das Quatro Torres e na colecção Mistério (ambos da Enyd Blyton) – que me deixou para sempre o ‘bichinho’ dos policiais.

No secundário – ainda na idade parva, mas não tão parva… - comecei a pedir conselhos ao meu pai. Ele lá me recomendava alguns (tinha muita dificuldade em emprestar os seus livros, com medo que eu desse cabo das capas). Foi nessa altura que li ‘O Primo Basílio’ (Eça de Queirós) e ‘O Triunfo dos Porcos’  (George Orwell). Claro que nesta altura (e ainda hoje, como é óbvio) lia algumas coisas mais light, como ‘O Diário de Bridget Jones’ (Helen Fielding). Adorava e continuo a adorar.

Com a Faculdade, comecei a ler coisas que pensei não ter estofo para aguentar, como a ‘Ilíada’ e ‘A Odisseia’ (ambos de Homero), ‘Uma História da Leitura’ (Alberto Manguel), ‘A Ideologia Alemã’ (Marx. Este custou-me um bocado. Não pelo conteúdo, mas para o contexto em que tive de o ler) e ‘On Liberty’ (John Stuart Mill)

E com o crescimento surgiu também a curiosidade. Tanto em relação aos clássicos como às novidades. ‘Cem Anos de Solidão’ (G.G. Márquez), ‘Gabriela Cravo e Canela’ (Jorge Amado), ‘A Metamorfose’ (Kafka), ‘A Mãe’ (Pearl Buck), ‘No Fio da Navalha’ (Somerset Maugham), ‘O Amante de Lady Chatterley (D.H. Lawrence, que nasceu no meu dia de anos), ‘A Máquina de Fazer Espanhóis’ (Valter Hugo Mãe), ‘Para Onde Vão os Guarda-Chuva’ (Afonso Cruz), ‘Travessuras da Menina Má’ (Mário Vargas Llosa), ‘Os Pilares da Terra’ (Ken Follett), ‘Of Mice and Men’ (Steinbeck), ‘1984’ (Orwell), ‘O Grande Gatsby’ (Fitzgerald) e ‘O Retrato de Dorain Gray’ (Oscar Wilde) são apenas alguns dos que li desde então e que estão na lista dos preferidos.

E ainda me faltam tantos! Agora estou a ler ‘Dom Casmurro’ (Machado de Assis. É por causa deste livro que a minha irmã mais nova tem a alcunha Capitu). A falta de tempo e as maravilhosas séries que temos na televisão todos os dias estão a fazer com que ele esteja ao lado da cama há demasiado tempo. Mas conto dar um valente avanço brevemente. Depois segue-se ‘Número Zero’ (Umberto Eco) e ‘Mataram a Cotovia’ (Harper Lee).

É impossível dizer que tenho um livro favorito. Mesmo que tente dizer aquele que mais gosto dentro de cada género, é impossível. Cada um envolve o leitor de uma forma completamente diferente, o que impossibilita uma comparação.

Sei dizer aqueles que não gostei de ler – não vou revelar aqui, senão acho que alguns leitores iam ter uma sincope ou algo do género… Não se pode agradar a todos – mas fazer um ‘top’ dos melhores é completamente impossível. Cada um é bom à sua maneira.

Oiço cada vez mais miúdos de 12, 13, 14, 15 anos a dizer que não gostam de ler. Não fico admirada. É verdade que hoje em dia existem os computadores, os tablets, os smartphones e eles estão demasiado ocupados com tanta tecnologia. Mas a verdade é que somos animais de hábitos. A culpa é dos paizinhos, que não se deram ao trabalho de incutir a rotina da leitura, de lhes ler histórias à noite, de lhes mostrar como há histórias muito mais interessantes do que as séries infanto-juvenis do Disney Channel ou do Nickelodeon.

E atenção: Conheço muitas pessoas da minha idade que não gostam de ler. Da minha idade e mais velhas do que eu. Algumas acredito que seja mesmo falta de gosto (eu detesto correr e fazer desporto, não há nada a fazer), outras é pura preguiça e falta de hábito.


Não deixem os livros para trás. Imponham uma hora de Canal Panda e uma história pequenina a seguir ao jantar. Apresentem às crianças a banda desenhada (também há desenhos nos livros…) e tentem incutir a importância de uma boa leitura. Se a coisa resultar, preparem-se para uma conta do oftalmologista e do oculista. Mas, pelo menos, foi por uma boa causa.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A diferença entre prazer e felicidade

Hoje disseram-me algo muito interessante: "Há uma grande diferença entre o prazer e a felicidade. O prazer é algo que sentimos naquele momento. A felicidade é aquilo que construímos e que, a longo prazo, nos fará bem".

Definições óbvias, mas nas quais nunca tinha pensado.



Resta saber se valorizamos mais o momento ou se queremos apostar no futuro. Mudar às vezes é difícil, mas pode fazer-nos mais felizes. Podemos andar menos apaixonadas, mas talvez seja um sacrifício que temos de fazer.

Enganam-se os que pensam que estou a falar da vida amorosa. Nada contra os grandes prazeres fugazes e a felicidade eterna nos braços de alguém. Mas existem outros problemas na vida que, neste momento, ocupam uma parte mais significativa da minha cabeça (e do coração também),

O que se faz quando todas as hipóteses são boas e promissoras? Quando queremos tudo ao mesmo tempo e não sabemos para que lado nos devemos virar?

A ver vamos...

PS: Para uma leitura mais detalhada, aqui fica um link do Huffington Post.